terça-feira, 18 de setembro de 2012

MST e Reforma agrária no Brasil


MST e a Reforma agrária no Brasil

 ‘’O MST nasceu como fruto das ocupações de terras organizadas nos anos anteriores no Brasil meridional. ’’

    O MST é um movimento para que a reforma agrária seja concluída efetivamente.
    Os sem-terra são vistos como pessoas que não tiveram a oportunidade de se manter no mercado de trabalho a fim de conquistar seu próprio lar e cuidar de si e de seus dependentes. Também encaram o subemprego e empregos ocultos.
Por preocupações, foi criado o programa de assentamentos, que através dele os sem terra são levados as favelas rurais onde se habitarão. Essa decisão foi relativa da preocupação com os mercados e a moderna agricultura empresarial, já que os sem-terra poderiam se reunir em forma de revolução social e acarretar em sérios danos ao governo.





Estrutura Fundiária e Reforma Agrária
A concentração da propriedade de terras evidencia a economia rural brasileira, onde a América portuguesa segue de modelo. A mesma concentração serviu como impulso para a configuração da agricultura moderna brasileira entre pequenos e grandes estabelecimentos rurais. 
Veja o gráfico a seguir:

Entrevista VEJA:

''O MST se perdeu. 
O ministro diz que o movimento dos Sem Terra vai ficar sem público para continuar tumultuando a reforma agrária.''

O ministro Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário, tem aparecido bastante na televisão nas últimas semanas para falar do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e do desvio de recursos da reforma agrária. Jungmann, um ex-comunista de 48 anos que estreou como ministro em 1996, anda batendo forte no MST, depois de fazer o mesmo em sua própria organização. No Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), fez uma poda nos ramos corruptos das 29 superintendências. Para completar, Jungmann tem mostrado serviço em matéria de dar terra a quem dela precisa para trabalhar. Multiplicou por dez a média anual de famílias assentadas, com a distribuição de 17 milhões de hectares de terra. Em toda a história anterior da reforma agrária foram distribuídos 22 milhões de hectares.
Jungmann nunca completou um curso superior, mas estudou muito um dos assuntos mais complexos do Brasil e se tornou um páreo duro para todas as frentes envolvidas na reforma agrária. Não critica só o MST. Denuncia também advogados especializados em obter indenizações milionárias para fazendeiros desapropriados. E não foge de brigas com setores da Igreja ou grileiros. Na semana passada, o ministro recebeu VEJA para a seguinte entrevista. 


Veja – O senhor pretende quebrar o MST?
Jungmann – De maneira nenhuma. Pessoalmente acho importante a existência de mediadores que organizem os movimentos sociais. O MST é que abandonou essa função em nome de outra atividade. Foi o MST que se perdeu, em parte por causa de sua própria estrutura e em parte por não ter sabido adaptar-se às mudanças que vêm ocorrendo tanto no mundo quanto na questão agrária no Brasil. Se a gente contribuiu com isso, foi apenas tomando medidas para diminuir o número de conflitos no campo e dar mais eficiência à reforma agrária.




Veja – O MST tem de ser tratado como um partido?
Jungmann  Essa é outra coisa que vai ficando evidente: o MST não tem registro jurídico, tem um estatuto de partido, faz cursos de formação de revolucionários, investe na ampliação dos conflitos sociais e não quer apresentar sua verdadeira cara. Quanto mais as invasões ganham caráter político, mais aparece o intestino do movimento e até a falta de democracia interna. O MST faz um congresso com 10 000 pessoas e não elege sua direção nesse encontro. Ninguém sabe como é essa eleição. Ora, quando concorda com a realização de uma auditoria nas contas do MST, o cidadão está apenas querendo saber como eles estão usando um dinheiro que saiu, na verdade, do bolso do contribuinte brasileiro.


Veja – Não há gente que, por causa do isolamento, acaba vendendo o lote que recebeu?

Jungmann Pode ser, mas não é a única razão e esse nem é um problema tão grave quanto parece. É verdade que há casos de assentamentos até com 50% de evasão, casos de famílias que vendem ou abandonam a terra. Mas é um engano supor que o lote fica vazio. Um estudo da professora Regina Bruno, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, mostra que quem compra um lote desses é geralmente uma família mais bem aparelhada para o trabalho na terra do que a primeira. Na verdade, a troca acaba sendo positiva, mesmo sendo ilegal. Acho que a obrigação de quem está envolvido com a reforma agrária é entender esse tipo de situação, fugir da burocracia.





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